APLB - SINDICATO DOS PROFESSORES DA CIDADE DE SALINAS DA MARGARIDA - BAHIA, FAÇA PARTE VOCÊ QUE TAMBÉM É PROFESSOR

sábado, maio 18, 2013

Professores são alvo de violência e ameaças nas escolas

Ameaças, porte de armas e uso de drogas por alunos, além de agressões verbais e físicas. Estes são problemas diários enfrentados por professores e estudantes nas escolas de Salvador. Problemas como estes estão entre as 203 ocorrências policiais relacionadas a escolas registradas na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) no ano passado. Isto corresponde a cerca de uma ocorrência  por dia, uma vez que o ano letivo das redes pública e privada tem 200 dias. Neste ano, 42 casos tinham sido registrados para 57 dias letivos (média de 0,7).
Deste total, no entanto, não há um número específico de violência contra os professores. A APLB-Sindicato diz que tentou, em três oportunidades, realizar pesquisa para obter dados sobre agressões de alunos contra docentes, mas  não obteve sucesso. "Os professores têm medo de falar, de se expor, e sofrer uma agressão ainda maior depois", disse o secretário da  APLB Claudemir Donato, que trabalha há mais de cinco anos com a violência nas escolas públicas.
Sem registros - As secretarias estadual e municipal da Educação também não têm registros sobre agressões a professores. Segundo Donato, a elaboração de uma pesquisa sobre agressão contra professores seria um grande incentivo para a elaboração de políticas públicas de combate à violência em sala de aula. "O clima de insegurança é crescente nas escolas, principalmente contra professores, que não conseguem desenvolver bem o trabalho por medo", afirmou.
Na semana passada, o tema ganhou destaque no Brasil com a divulgação de uma pesquisa realizada em São Paulo, que revelou um dado preocupante: 44% dos professores já sofreram algum tipo de violência nas escolas paulistas.
Relatos - A TARDE entrevistou um grupo de dez professores e diretores da rede pública de Salvador de diversos locais, como Boca do Rio, Avenida San Martin, Costa Azul e subúrbio. Os docentes contaram que já foram ameaçados e até agredidos verbal ou fisicamente por alunos. Por questão de segurança, a maioria deles pediu para não ser identificada.
Diretor do Colégio Estadual Ruben Dario, Antônio Pimenta contou que tem que lidar com a violência contra professores, como também entre alunos, diariamente.
"Somente este ano, já recebi uns 30 telefonemas com ameaça de morte. Antes, os atos violentos na escola eram exceção, mas hoje estão se tornando regra", desabafou.
Segundo ele, nesta escola, Fazenda Grande do Retiro, um segurança foi morto por um aluno no banheiro e estudantes já roubaram armas de policiais dentro da unidade. Enquanto a equipe de reportagem entrevistava o diretor, um aluno entrou na sala da direção e contou que um colega havia roubado sua calça enquanto jogavam futebol. "Aqui você tem que ficar ligado o tempo todo senão te roubam tudo", disse ele.
Uma diretora de uma escola municipal na região do Costa Azul, que pediu para não se identificar, contou que já foi ameaçada diversas vezes por pais e alunos.
"Uma vez, uma mãe disse que ia me dar um tiro entre os meus olhos porque eu falei que o filho dela não poderia trocar de turno", relatou.
Professora de história da rede estadual, Cléo Silva afirmou que as atitudes violentas de alunos são comuns. "A escola é reflexo da sociedade. Os alunos acabam levando suas experiências de fora para as escolas", disse.
Aumento - A delegada titular da DAI, Claudenice Mayo, afirmou que, apesar de não haver ocorrências específicas, o número de atos violentos contra professores nas escolas aumentou nos últimos anos. "Este é um problema grave, porque a escola é lugar de aprendizado e não de violência", ressaltou ela.
Segundo a delegada, tanto os números de 2012 quanto os de 2013 são expressivos. "Estes números são menores em relação ao que ocorre nas escolas, porque há vezes em que os professores não levam o fato à delegacia", afirmou.
Ela lembrou ainda eventos recentes ocorridos em escolas, como o caso do professor de 69 anos que foi agredido por um aluno na saída do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, na Caixa D'Água, no final do ano passado.
Claudenice informou ainda que o adolescente pode sofrer sanções que vão desde medidas socioeducativas até internamento de no máximo três anos na Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case), que funciona no bairro de Tancredo Neves.
A Polícia Militar informou que todos as companhias independentes de Salvador têm um guarnição com uma viatura que realiza o trabalho de ronda nas escolas e nas imediações das unidades.
Além disso, a PM realiza a chamada Operação Ronda Escolar, que conta com 400 policiais militares, 15 viaturas e dez motocicletas. Além da ronda, a corporação promove seminários, palestras e apresentações teatrais nas escolas sobre violência.
Violência - Para a psicopedagoga Ivana Braga, quando um aluno comete um ato violento contra um professor, o docente deve buscar diálogo: "Muitas vezes o aluno age dessa forma por não conhecer  outros caminhos. O modelo que ele encontra lá fora é o que ele traz. Cabe ao professor oferecer novos modelos", disse.
Segundo ela, punir o aluno não resolve o problema. Uma das soluções é a realização de assembleias escolares: "É uma reunião feita em grupo que contribui para a construção de valores e da cidadania de forma democrática".

Fonte:http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/materias/1504613-professores-sao-alvo-de-violencia-e-ameacas-nas-escolas

quarta-feira, maio 01, 2013

NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO


A APLB Sindicato, Núcleo Salinas da Margarida, diante da situação provocada pela Secretaria de Educação deste município, devido à greve geral nacional, a qual os profissionais em educação legalmente aderiram, que culminou com uma nota ameaçadora a estes profissionais exigindo que os mesmos retornassem às salas de aula sob pena de descontos em seus salários, com a alegação de que a greve era ilegal.
O núcleo sindical vem por meio desta nota reafirmar que a greve foi legal, e é realizada anualmente, com determinação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com sede em Brasília, com o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho e mais verbas para a educação brasileira e não para afrontar a gestão municipal.
Queremos salientar também que os professores estão cientes do compromisso com os 200 dias letivos e, portanto dispostos a repor estas aulas. Desta forma, caso a Secretaria decida pelo corte nos salários dos professores sindicalizados, a representação sindical vai acionar o Ministério Público do trabalho para inviabilizar esta arbitrariedade.



Mário Conceição, Coordenador da APLB em Salinas da Margarida

terça-feira, março 26, 2013

Praia da Ponte Salinas da Margarida-Ba
Pôr do sol, Salinas da Margarida

Pôr do sol Salinas da Margarida-Ba

sexta-feira, março 22, 2013

Processo de ensino-aprendizagem

Acreditamos que o processo ensino-aprendizagem se dá na interação entre professor e aluno, aluno e aluno e destes com o mundo. Compartilhamos com a idéia do psicólogo russo L. Vigotsky de que entre ensino e aprendizagem existe um intercâmbio ativo e recíproco e que o ensino impulsiona a aprendizagem. Por isso, legitimamos a importância das amplas intervenções dos professores, em outras palavras, acreditamos que é de responsabilidade do professor construir percursos e itinerários (o que inclui o planejamento de ações conjuntas, de interações entre os sujeitos) para fazer o aluno aprender. Nesse sentido, ambos professor e aluno assumem papéis ativos na construção do conhecimento. O aluno é exposto à práticas onde tenha que tomar decisões, planejar e encaminhar o que projeta, coordenar esforços, e resolver situações conflitantes. O professor, por sua vez, é o responsável pela viabilização/organização destas práticas. É ele quem prepara as condições de aprendizagens, ou seja, vai em busca de problemas reais para que os alunos busquem soluções, o que leva ao desenvolvimento de diversas competências e habilidades. Concordamos com o sociólogo suíço Philippe Perrenoud (2001) quando coloca que " O ensino é um sistema de ação , uma organização que transforma as pessoas, suas competências, suas atitudes, suas representações, seus gostos. É um sistema que pretende instruir , execer uma influência". Para que se possa mudar atitudes, é necessário que o conhecimento seja significativo. Conhecer significativamente implica em apropriar-se daquilo que é "abstrato" (uma informação, um conceito, um processo, um fato, um fenômeno, uma fórmula, etc.) de forma concreta. Envolve a possibilidade de compreender, de visualizar as relações com elementos da vida cotidiana. Entendemos que para que haja uma aprendizagem significativa, o conhecimento precisa ser significativo. E, é tarefa do professor realizar esta mediação: buscar elementos para contextualizar o conhecimento.

A importância do professor na sociedade

Professor, você é uma pessoa importante para a sociedade. É uma das profissões mais antigas e mais importantes pelo seu papel na formação do cidadão. Os pais entregam seus filhos em nossas mãos e confiam no desempenho do nosso trabalho, para que despertemos neles o gosto pelo aprender. Crianças e adolescentes necessitam de modelo para se construírem na sua liberdade e serem autônomos. Nos primeiros anos de vida, os modelos, as referências, são os seus pais; posteriormente, os modelos são buscados na escola, na sociedade. Certas coisas só se aprendem na escola, com a mediação de um ser mais experiente: o professor. Os professores são como mestres que levamos pela vida afora, que nos ensinaram o saber da vida em um quadro de giz. Ser professor hoje é viver o seu tempo com sensibilidade e consciência, precisa saber lidar com as diferenças, ter flexibilidade e ajudar o seu aluno a refletir, é ser um emancipador do saber. O professor é um parceiro de visão e experiência na construção do conhecimento, assumindo o seu papel de promotor, orientador, mediador, motivador e gestor da aprendizagem, deve ser fonte de motivação para o aluno. Como promotor da aprendizagem, facilita o acesso aos dados e informações, ao conhecimento acumulado pela sociedade, orientando, executando e avaliando eventos, experiências e projetos, para que ocorra a construção do conhecimento. A sociedade e, principalmente, o poder público devem se convencer de que necessitam de professores bem preparados e capacitados para que a educação melhore. A humanidade precisa de educadores com visão emancipada, que possibilitem transformar as informações em conhecimento e em consciência crítica, para formar cidadãos sensíveis e que busquem um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Toda pessoa que trabalha com educação, seja na educação infantil, Ensino Fundamental ou Ensino Superior, está ajudando a formar cidadãos que construirão a sociedade em que vivem.